a máquina no espelho



Poemas



1980 - 1983

O campo, um canto de pedras, aves, enormes árvores, água descendo das bicas, adiante um largo, um lago, diamante, brilhando com o vento, o calor da fogueira, os estalos do fogo, pedra que rola do morro, as folhas, as flores, os podres, corujas, os voos, os risos, os passos, lábios, clareiras e mãos, o corpo, a pedra sustenta, o ar envolve, a terra, arfar profundo, nasce sol, calor, envolve os corpos, copos de leite, fundos, silêncio, a máquina no espelho.








escrever
o romantismo, o modernismo, o niilismo barroco de alguém
teus olhos tocam
meus olhos
acendem
a chama do amor, do humor, da dor, dos dados
bilacs, andrades, varelas,
campos, espaços
serei um nome
perdido, passado
ultrapassado
o som virá
tocar a pedra
no fundo das cavernas



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